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Parque da Cantareira e Horto Florestal vão para a iniciativa privada por 30 anos

Marcos Penido - secretário de Infraestrutura e Meio Ambiente (à esquerda) e João Doria Junior - Governador do Estado de São Paulo (ao centro).
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30 anos

  • Construcap fará revitalização das áreas verdes e construções históricas, além de fomento ao ecoturismo e educação ambiental em 30 anos

A Construcap CCPS Engenharia e Comércio S/A venceu a concorrência internacional e vai administrar o Parque Estadual da Cantareira – Núcleo Pedra Grande e o  Parque Estadual Alberto Löfgren (PEAL), pelos próximos 30 anos. As pesquisas, a conservação das espécies ameaçadas de extinção e as áreas de proteção continuarão sob a responsabilidade do Governo do Estado durante o prazo da concessão.

A empresa, única interessada em participar do leilão, que aconteceu nesta 3ª feira (14/09/2021)  na  B3, ofereceu R$ 850 mil de outorga – representando um ágio de 3,66% em relação ao lance mínimo que era de R$ 820 mil.

30 anos

Polo ecoturístico da Zona Norte sairá do papel

Com a concessão, a Construcap deverá investir cerca de 50 milhões nos dois parques, dos quais 31 milhões serão nos seis primeiros anos da administração da concessionária.

De acordo com o contrato, a empresa terá que revitalizar e modernizar as estruturas e serviços ao visitante, além de gerenciar e fortalecer a conservação das duas unidades, respeitando as normas ambientais específicas.

Os parques da Cantareira e o Horto Florestal serão ainda, conectados por meio da integração de trilhas de longo percurso, implantação de atividades de aventura, aquáticas, rotas de bicicleta, serviço de transportes internos e de alimentação, transformando as áreas em um relevante polo ecoturístico da cidade de São Paulo.

30 anos

Parque Estadual Alberto Löfgren (Horto Florestal)

As zonas de Uso Público, todas pertencentes à área da concessão, estão organizadas em quatro Glebas: Horto Florestal, Olaria, Polo Ecocultural e o Arboreto Vila Amália. Em 2019 recebeu mais de 1,5 milhão de visitantes.

Atualmente o parque urbano oferece opções de lazer, atividades físicas e contemplação para a população de seu entorno. A área total de concessão é de 70,91 hectares.

30 anos

Parque Estadual da Cantareira

O parque possui quatro núcleos, sendo três pertencentes à área da concessão: Pedra Grande, Águas Claras e Engordador. Em 2019, mais de 113 mil pessoas visitaram o local.  Atualmente, as trilhas e a contemplação da natureza são os principais atrativos do PEC. Entretanto, há potencial para o desenvolvimento de novas atividades de ecoturismo. A área total de concessão é de 225,67 hectares.

Os dois parques são adjacentes, inseridos na Região Metropolitana de São Paulo, envolvendo também o município de Mairiporã. Ambos são tombados pelo CONDEPHAAT e CONPRESP e fazem parte da Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da Cidade de São Paulo, trecho integrante da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica. Antes da pandemia, juntas, as Unidades de Conservação recebiam mais de 1,6 milhão de visitantes por ano.

A concessão dos Parques Estaduais da Cantareira e Alberto Löfgren se destaca pela combinação de dois ativos ambientais com perfis diferentes. É o primeiro projeto do setor que une um parque com caráter de parque urbano e outro com caráter de parque natural.

30 anos
Desestatização

Os Parques Estaduais da Cantareira Alberto Löfgren (Horto Florestal) fazem parte do programa de concessões e parcerias público privadas do Governo de SP.

Em fevereiro o Zoológico, Zoo Safari Jardim Botânico, localizados no Parque Estadual Fontes do Ipiranga (PEFI), foram concedidos ao Consórcio Reserva Paulista, que ofereceu R$ 111 milhões, o maior valor de outorga. Nos próximos 30 anos os cofres públicos terão retorno de R$ 4 bilhões provenientes da receita prevista.

Em março foi a vez do Núcleo Caminhos do Mar, localizado no Parque Serra do Mar. Com proposta de R$ 4 milhões, que representou um ágio de 216% na licitação, a Parquetur – Caminhos do Mar venceu a licitação e, além das ações de cunho turístico, ficará responsável também por toda manutenção da área de uso público, assim como pelo restauro dos monumentos históricos.

O total em investimentos mínimos por parte da concessionária deverá ser de R$ 11 milhões, dos quais R$ 5,5 milhões obrigatoriamente aplicados nos três primeiros anos.

Parque Estadual Campos do Jordão foi concedido à iniciativa privada em 2019 e é atualmente administrado pela empresa Urbanes.  Até o final do ano, deverão passar para a iniciativa privada os parques da Água Branca, Parque Villa-Lobos e Parque Urbano Candido Portinari. 

Experiência no modelo de negócios 

A Construcap já administra outros seis parques na cidade de São Paulo, por meio da empresa Urbia Parques: Parque do Ibirapuera (Vila Mariana), Parque Faria Lima (Parque Novo Mundo), Parque Lajeado (Guaianazes), Parque dos Eucaliptos (Morumbi), Parque Jacintho Alberto (Cidade Jardim Pirituba) e Parque Jardim Felicidade (Jardim Felicidade)

<com apoio de informações: Secretaria Especial de Comunicação do Governo do Estado de São Paulo>

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