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“Metrópole em Foco” mostra mais um olhar sobre os problemas do Conjunto Hospitalar do Mandaqui.

Tempo de Leitura: 4 minutos
da Redação DiárioZonaNorte

Como pauta do programa “Metropóle em Foco”, na produção de Duda Jr. e apresentação do jornalista Pedro Nastri, os principais pré-candidatos ao governo de São Paulo, à presidência da República e ao Senado Federal – além de eventuais deputados federais e estaduais – estão sendo entrevistados em uma série especial.

Na 4ª feira (01/08/2018), o convidado foi o pré-candidato ao governo de São Paulo pelo Movimento Democrático Brasileiro (MDB), Paulo Antonio Skaf (*),62 anos – empresário e presidente licenciado da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

O “DiárioZonaNorte foi convidado a participar da entrevista, junto aos representantes de outras regiões –  Mauro  Tadeu Silva (Gazeta do Tatuapé – Grupo Leste de Comunicação) e Marcos Cortez  (Grupo JBA – Jornal Campo Belo/Moema e Jornal do Morumbi).

O programa é apresentado de 2ª à 6ª feira, das 09h30 às 11h00, na Rádio Trianon 780-AM e  “discute a cidade, seus problemas e suas soluções”,  valorizando os jornais regionais e com o  apoio da União Brasileira Imprensa-UBI. Mas houve atraso de quase 40 minutos à chegada do candidato Paulo Skaf. O que possibilitou uma espera e bate-papo sobre a Imprensa regional na cidade de São Paulo.

Com a participação do candidato do MDB, o “DiárioZonaNorte” teve a possibilidade de colocar dois assuntos de importância à Zona Norte, que poderão ser cobrados futuramente em ações efetivas das autoridades e de outros pré-candidatos. E abrindo a consciência da comunidade para incentivar o resgate da cidadania e maior participação dos assuntos de interesse de todos da Zona Norte.

O caos no Hospital do Mandaqui

Na questão do situação precária do Conjunto Hospitalar do Mandaqui, que o “DiárioZonaNorte” vem acompanhando em várias reportagens ( clique aqui para ver a mais recente ), Paulo Skaf informou que sua  última visita ao  hospital foi em 2014 (naquela ocasião, como candidato a primeira vez  ao governo de São Paulo) e ficou sabendo agora dos problemas atuais. Skaf tomou conhecimento da eficiência do Conselho Gestor que está há tempo buscando as melhorias naquele local.

Ele demonstrou muito interesse em fazer visita no Conjunto Hospitalar do Mandaqui para observar os problemas e ouvir os usuários. E disse que vai verificar com a senadora Marta Suplicy a emenda parlamentar de R$ 7,8 milhões, disponibilizada para o Conjunto Hospitalar do Mandaqui e que já foi liberada pelo Ministério da Saúde.

Essa autorização está com a Secretaria Estadual da Saúde  para definir sua utilização em R$ 4 milhões em equipamentos e R$3,8 milhões em obras — que devem ter urgência no encaminhamento, caso contrário  fica sem efeito e retorna ao governo federal.

Plano de Saúde

E falou sobre seu plano de saúde observando que há muita burocracia e descontrole na saúde, com a necessidade de ter um prontuário eletrônico unificado em todas as unidades. Lembrou que há mais de 44 mil unidades de saúde entre UBS, UPA, AME, AMA, Policlínicas, Hospitais privados, Hospitais filantrópicos (Santas Casas), Hospitais municipais e os hospitais do estado, que são “pontas soltas e que precisam ser juntadas e dar um laço”.

E os problemas variados onde tem médico e não tem medicamento, vice-versa. Junta-se remédios vencidos e desperdiçados e até corrupção na saúde. “O governo tem a obrigação de organizar tudo isto”, acrescentou. Lembrou que não tem que misturar politica e sim ter gente técnica e eficiente – “os melhores da área”.

USP na Zona Norte

Outra questão envolvendo a Zona Norte foi colocada pelo “DiárioZonaNorte”, na área da educação e das universidades, com o pedido da implantação da Universidade de São Paulo-USP na região, como acontece com a Zona Leste. O candidato a governador pelo MDB disse que vai valorizar e priorizar a educação em todos os níveis – lembrando que o estado tem 3,8 milhões de alunos.  

Com a experiência do Sesi e do Senai, em sua gestão, ele explicou que é necessário reformular as escolas estaduais, ETECs e FATECS, tornando-as mais dinâmicas: “o governador tem que estar em cima”. No caso das universidades – no estado são três: USP, Unicamp e Unesp com aproximadamente 200 mil alunos -, que há um “grande problemaço”, já que essas “tem autonomia”  e recebem uma verba de 12 bilhões por ano.

E acabaram ficando “enforcadas” com as finanças comprometidas. Segundo ele, as universidades tem que primeiro acertar esse ponto, entre receita e despesas. E primeiro precisa acertar o que tem para depois expandir.

Lembrando que essa questão não é municipal e sim estadual. Portanto, há necessidade de ter condições acertadas e finanças em dia para criar nova unidade na Zona Norte ou em qualquer outro lugar. 

Ele lembrou que  governador tem que ajudar os prefeitos em suas missões, na educação e na saúde,  e dar todo apoio onde for necessário. “Vou procurar envolver todos para recuperar as universidades”, acrescentou. Skaf disse que “não adianta fazer promessas que não sejam reais”  e “eu quero fazer de forma diferente”.

Rio Tietê e a Sabesp

Entre outros assuntos comentados, no final sobressaiu também a  questão do transporte fluvial e de um projeto do vereador Ricardo Nunes (MDB) e foi lembrado que “os rios pertencem ao governo e não ao município”.

Skaf se ateve, em primeiro plano, no problema da poluição dos rios, com referência ao Tietê. Ele não vê o problema pelo lado da limpeza dos rios, mas que “eles são mal tratados, com muita poluição”. 

E foi taxativo: “quem polui são as companhias do estado”. Mesmo demonstrando o maior respeito pela Sabesp (até que não deve ser privatizada), Skaf culpou a empresa por ser uma das responsáveis pela poluição do Rio Tietê. Ele afirmou que a Sabesp liga o esgoto, cobra por ele, mas não tem o compromisso de tratá-lo”. Se estiver como governador disse “que vai dar um puxão de orelha!”. E que é necessário cuidar da infraestrutura de determinadas regiões carentes. “Hoje está tudo errado.  Não adianta só limpar e gastar uma fortuna”, concluiu.

O candidato ao governo de São Paulo ainda falou um pouco sobre o problema da segurança pública. E fechou o programa com um trecho  da composição do “Nunca Pare de Sonhar”, de Gonzaguinha: “Fé na vida; fé no homem; fé no que virá. Nós podemos tudo; nós podemos mais. Vamos lá fazer o que será!”.

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