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Como mexer com o cérebro e desenvolver habilidades do bebê aos bancos escolares

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Tempo de Leitura: 5 minutos

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da Redação DiárioZonaNorte“

  • Este é um livro cativante, que amplia a mente, repleto de insights.” – The Sunday Times
  • “…O autor abre sua caixa-preta para revelar seus incríveis segredos. Sua explicação do funcionamento dos mecanismos do cérebro é uma excelente introdução.” – The New York Times Book Review
  • “Um levantamento interessante de como a ciência – de escaneamentos cerebrais a testes psicológicos – está ajudando a inspirar a pedagogia.” – Financial Times

Enquanto diariamente no mercado mundial surgem “as grandes novidades” com novos aparelhos eletrônicos, cada vez mais revolucionários, nas livrarias acaba de chegar uma preciosidade no velho e importante papel: o novo livro “É Assim que Aprendemos” (Editora Contexto) em suas 350 páginas de Stanislas Dehaene,  o cientista cognitivo francês que mexe com os nossos neurônios. E vai mais além em seu subtitulo: “Por que o cérebro funciona melhor do que qualquer máquina (ainda…)”, principalmente na demonstração de sua importância na educação, que vem do recém-nascido aos bancos escolares.

Mesmo que os “smartphones” e outros aparelhos realizam funções fantásticas, trazendo mais facilidades de “um mundo moderno” e proporcionando uma vida mais cômoda, o cérebro é que comanda as funções dos gênios criadores  e inventores. Em certo casos, torna a vida mais eficiente, mas monótona, sem a utilização de nossos 86 bilhões de neurônios e de suas mil trilhões de conexões. Essa simples máquina  em nossas cabeças é onde há uma caixa encefálica, que nos permite atingir objetivos mais distantes com maior criatividade.

Essa fantástica e absoluta máquina humana é que controla todo o nosso corpo, movimentos e os diferenciais de nossa inteligência. Já dentro da barriga da mãe, o novo ser humano já experimenta os sons de um extraordinário mundo novo de vida,  que surgirá externamente. E quando abrir os olhos para suas experiências externas, tudo deve ser incentivado na atenção e no aprendizado para sua melhor evolução.

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Um árduo trabalho em estudos

É dentro desta linha de estudos, e anos de experiência vivenciada no dia a a dia, que o neurocientista Stanilas Dehaense propõe nas mais das 100 mil palavras que consumiram vários anos de produção da obra “É Assim Que Aprendemos“. O autor explora as pesquisas mais avançadas em Ciência da Computação, Neurobiologia e Psicologia Cognitiva para explicar como o aprendizado realmente acontece e como fazer melhor uso dos algoritmos de aprendizado do cérebro em nossas escolas e universidades e também na vida cotidiana.

O livro oferece valiosas informações com exemplos e  sugestões bastante práticas. Explicações com detalhes e que mostra que “um dos objetivos deste livro é difundir esse conhecimento científico crescente, a fim de que cada professor e também pais possam adotar uma estratégia de ensino ideal”. Não é um manual cansativo de se ler e desinteressante na sequência, mas um livro que chega às profundezas da importância do valor do cérebro nas crianças e jovens, sob o olhar dos mestres nas escolas e dos pais em suas residências indo além no cotidiano em várias atividades.

Segundo Dehaene, os métodos escolares atuais devem ser revistos, pois “fazem do aluno uma máquina de soletrar, incapaz de prestar atenção no significado”.  E enfatiza que “o cérebro aprende melhor pelo som do que pela imagem. Ou seja: o ensino deveria ser centrado nos fonemas, e não em figuras”. E, a partir dai, uma sequência lógica e evolutiva de aprendizado, que é interminável da existência normal do ser humano.

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A inspiração para o livro

Em uma das suas viagens ao Brasil, o neurocientista Dehaene foi surpreendido por uma fato novo em sua carreira e estudos do cérebro com o aprendizado humano. Há 13 anos, em Brasília, dentro do Hospital Sarah Kubitscheck, encontrou um menino de 7 anos (que hoje deve estar com seus 20 anos), Felipe,  tetraparético — a forma clínica mais grave das paralisias cerebrais — e cego em consequência de uma bala perdida, sendo mantido em seu leito no hospital.

Esse menino foi além de sua força de vontade, com uma nova vida mexendo com seu cérebro buscando línguas (português, inglês e espanhol) e escrevendo com uma engenhoca especial com teclado e som. Redescobriu seu novo mundo através de sua mente e o funcionamento do que restou de sua sobrevida. Um caso impressionante.

Essa marcante passagem diante de Felipe, mudou o rumo do experiente neurocientista Dehaene e acrescentou mais pesquisas em seus estudos — inclusive descobrindo outros casos quase semelhantes pelo mundo, que são relatados no livro. Mas demonstrou como o cérebro humano consegue adaptar-se às circunstâncias reprogramando-se e, assim, continuar aprendendo.  Com esses fatos surgiu este importante livro, que mexe com todos nós, demonstrando que o cérebro realiza “milagres” desafiando a realidade das funções.

A capacidade de aprender

Aprender é um triunfo humano e, ao mesmo tempo, raciocinar como um cientista. O autor nos conta que nosso cérebro é uma máquina extraordinária e continua sendo a melhor fonte de inspiração para os desenvolvimentos recentes da inteligência artificial. “É ASSIM QUE APRENDEMOS” vai muito além. E, pelo caminho, deixa mensagens com frases célebres de muitos nomes da história, como a de Benjamin Franklin: !Um gênio que não tenha sido educado é como prata na mina!”.

O livro é fantástico, uma descoberta que não havíamos provado, com encarte de ilustrações e fotos coloridas. Uma viagem pelos mais de dois mil anos do cérebro, mostrando e citando modos diferentes de épocas e de aprendizado, relacionando filósofos, psicólogos, educadores, estudiosos e grandes nomes do conhecimento. O autor explora todas as possibilidade do cérebro em exemplos práticos do dia a dia, com uma linguagem solta e de leve entendimento — na excelente tradução de Rodolfo Ilari e equipe de produção da Editora Contexto, que prima por grandes lançamentos. Vale a pena conferir!


Sobre o AutorStanislas Dehaene é neurocientista e matemático, professor no Collége de France e diretor do INSERM-CEA Cognitive Neuroimaging Unit, centro de pesquisa francês especializado em cognição humana. Especialista em leitura, aprendizado e educação, o autor ganhou diversos prêmios, como o Grete Lundbeck European Brain Research Prize, considerado o Nobel da neurociência. É autor de quatro livros e de mais de 300 artigos científicos em renomadas publicações internacionais.

Quem é o tradutor —  Rodolfo Ilari participou, na década de 1970, da fundação do Departamento de Linguística da Unicamp, instituição na qual trabalhou até aposentar-se como professor titular em 2007. Como docente e pesquisador, atuou principalmente nas áreas de Linguística Românica, Semântica, e ensino de língua materna. Foi professor titular de Português no Instituto de Espanhol, Português e Estudos Latino-americanos da Universidade de Estocolmo. Atualmente, pesquisa a história semântica do português brasileiro. É tradutor dos livros “A Invenção das Raças”, “Dicionário de Linguagem e Linguística”, “O cérebro no mundo digital” e “É assim que aprendemos”, publicados pela Contexto.



Serviço

  • Autor: Stanislas Dehaene
  • Titulo original: How We Learn: Why Brains Learn Betler Than Any Machine…
  • Tradução: Rodolfo Ilari
  • Áreas: psicologia da aprendizagem, psicologia cognitiva e neuroplasticidade
  • Páginas: 350
  • Formato: brochura
  • Editora: Contexto
  • Telefone/Editora: (11) 3832.5838
  • Site/Editora: www.editoracontexto.com.br
  • E-mail: [email protected]
  • Gráfica: Paym
  • Data/publicação: maio/2022
  • Diretor editorial: Jaime Pinsky
  • Produção: Alba Mancini (capa) / Gustavo S.Vilas Boas (diagramação), Beatriz Ilari e Mirna Pinsky (revisão de tradução) e Lilian Aquino (revisão)

<<Com apoio de informações/fonte: Marketing/Divulgação/Imprensa Editora Contexto- Ronaldo Rodrigues >>

 

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