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Fake do Tapa-Buracos acontece nas ruas da Zona Norte e engana os moradores

Tempo de Leitura: 3 minutos

 

da Redação DiárioZonaNorte

Além dos inúmeros buracos e imperfeições nas vias da Zona Norte – que é um reflexo de toda a cidade -, a Subprefeitura Santana/Tucuruvi/Mandaqui organizou a Operação Tapa-Buracos onde não há nenhuma necessidade.

Moradores da Parada Inglesa/Tucuruvi e nas proximidades reclamam que as vias com os verdadeiros buracos – ou já com os prenúncios – foram deixados de lado e permancem nos mesmos lugares, há tempos.

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Nesta 3ª.feira (11/09/2023),  uma equipe da Conservação de Pavimento e Tapa-Buracos da Prefeitura de São Paulo, identificada com a logomarca da empresa Corpotec, recebeu ordens para serviços em vários ruas do bairro.

Foi um transtorno para o trânsito, com interrupções e desvios sem controle da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), além de provocar os  congestionamentos. “Esse serviço deveria ser realizado à noite ou de madrugada“, comentou um morador da região.

Por volta das 10 horas, na Rua Dona Gabriela, em frente ao Edifício Vista Alegre, no número 203, o velho asfalto foi rasgado em um trecho de cerca de 4,40 metros de comprimento por 2 metros de largura.  E ali um equipe interrompeu a descida do trânsito em sentido da Av. General Ataliba Leonel. Pior de tudo: não havia nenhum buraco que justificasse o serviço.

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Serviço feito em frente ao prédio

Já mais adiante, na mesma rua, outra máquina começou a rasgar o asfalto, sem mais nem menos, no meio da via  – diga-se de passagem que ainda é o velho todo rachado de há 26 anos. Um morador perguntou ao responsável da empresa o que ia ser feito e a resposta: “Vamos tapar o buraco!”.  Mas a contra-resposta: “Mas não há nenhum buraco ali !!??”. E o rapaz do Tapa-Buracos encerra com “mas mandaram fazer e cumprimos a ordem“.

Mesmo assim ficou no chão o recorte de novo asfalto com cerca dos mesmos 4,80 por 2 metros. Em todo o processo de cinco funcionários de cortar o asfalto, recolher os pedaços, jogar o piche, espalhar o asfalto e passar a máquina com o rolo para compactar, entre idas e voltas, o serviço encerrou-se por volta das 17 horas. E o pessoal foi embora deixando para trás um grande pedaço em depressão de 1 por 5 metros.

Essa deficiência no solo foi a glória para os carros durante a noite e a madrugada, até 3ª.feira de manhã (10 horas), quando a equipe retornou para o fechamento. Muitos veículos devem ter avarias por causa deste problema e os proprietários devem ter feitos muitos elogios ao prefeito da cidade.

Mas tudo isto não era preciso,  se fosse um serviço real, somente cuidando dos milhares de buracos espalhados por todos os cantos. Nos locais indicados na Parada Inglesa não tinha nenhuma justificativa para o tapa-buraco. E normalmente um buraco oferece um tamanho médio de 2 metros quadrados e não o gasto com todo o material, maquinários, caminhões e a mão-de-obra nos locais.

Serviço terminado com depressão

No começo do mês, o Tribunal de Contas do Município (TCM) fiscalizou várias regiões da cidade e notificou a Prefeitura de São Paulo sobre problemas encontrados na Operação Tapa-Buracos.

De acordo com os dados do TCM, foram constatadas áreas asfaltadas acima do normal, gasto de material em excesso, irregularidades na superfície, entre outros. ( Ver matéria do DiárioZonaNorte – clique no link: https://is.gd/RGt0EW e mais na página do TCM, com todos os detalhes:  https://tcm.sp.gov.br/Pagina/61849 ).

De acordo com uma fonte ligada ao governo municipal, que por razões óbvias pediu anonimato, as empresas são remuneradas pelo metro de asfalto na Operação Tapa-Buraco.  E quem perde mais ainda são os moradores, que pagam os impostos, e ficam com os buracos do dia-a-dia. Mais ainda: arcam com os prejuízos na manutenção mecânica dos veículos. E ainda correndo o risco de acidentes.

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