Home Cultura “Macacos” faz um giro na história para mostrar os preconceitos ao negro

“Macacos” faz um giro na história para mostrar os preconceitos ao negro

Macacos
Tempo de Leitura: 3 minutos

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  • Macacos, da Cia do Sal, está em cartaz no Centro Cultural São Paulo
  • O espetáculo é Gratuito – chegar uma hora antes na bilheteria
  • Apresentações no CCSP, de fácil acesso, através Linha 1-Metrô (Vergueiro)

Até o final do mês (31/07/2022)m o espetáculo MACACOS, da Cia. do Sal fica em cartaz no Centro Cultural São Paulo (CCSP), com entrada gratuita. A obra foi criada por Clayton Nascimento, que também está em cena.

O nome do espetáculo faz referência a uma das formas de xingamento mais usada para ofender os negros no mundo todo. O preconceito contra os povos pretos é abordado em cena a partir do relato de um homem-negro que busca respostas para o racismo que rodeia seu cotidiano e a história de sua comunidade.

Uma das preocupações centrais da obra é recontar a História do Brasil, com um novo olhar, e a partir de fatos históricos, uma vez que ela sempre foi contada pela camada social que pode estudar e estruturar leis.

macacos

Segundo Clayton Nascimento, a dramaturgia está amparada por uma pesquisa séria, que envolveu o projeto “História da Disputa: Disputa da História” idealizado pela historiadora Carol Oliveira, assim como pedagogos, intelectuais, entrevistas com mães vítimas do genocídio negro no Brasil, artigos e autores pretos para estruturar os fatos muitas vezes desconhecidos pelo grande público.

A Editora Cobogó lança a obra MACACOS, de Clayton Nascimento, no seu catálogo de Dramaturgias, onde já figuram artistas como Grace Passô, Jô Bilac, Jhonny Salaberg, Pedro Kosovski e Márcio Abreu.  A riqueza da obra fez, inclusive, com que um lote de 10 mil exemplares do livro fosse comprado para ser distribuído entre o material didático dos alunos do ensino público de São Paulo a partir de 2023.

Macacos

MACACOS se desenrola num fluxo de pensamentos, desabafos e elucidações que surgem em cena, pautados pela História do Brasil e situações vividas por grandes artistas negros – de Elza Soares a Machado de Assis – até alcançar relatos e estatísticas do Brasil de 2022.

De um modo desprevenido, o ator conduz o público a uma navegação de sonhos, reflexões, poesia e rock’n’roll. O espetáculo conta ainda com provocação cênica de Aílton Graça e preparação corporal de Ana Maria Miranda, professora da Escola de Arte Dramática da USP.

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De onde surgiu

A dramaturgia foi criada a partir do caso do goleiro Aranha, do Grêmio, ofendido pela torcida tricolor gaúcha em 2014. “Já que o xingamento é infelizmente inevitável, transformamos então, em uma expressão artística para provocar a reflexão sobre essa origem e a nossa própria História. A peça é um convite a pensar sobre isso”, completa o artista.

A montagem traz somente Clayton Nascimento no palco, a iluminação e um batom para falar sobre a urgência da vida negra no Brasil. Para amplificar esse debate, o artista receberá, ao final de cada apresentação, convidados para desdobrar temas pertinentes aos assuntos, fatos e estatísticas abordados na peça.


Ficha Técnica

  • Clayton Nascimento – Diretor, Ator e Dramaturgo
  • Ailton Graça – Provocador cênico
  • Aninha Maria Miranda – Diretora de Movimento
  • Daniele Meirelles – Iluminação
  • Muca – Arte
  • Bará Produções – Produção
  • Corpo Rastreado – Produção

Serviço
Macacos, com Cia do Sal
  • Temporada: de 15 a 31/07, quinta a sábado, às 20h e domingos, às 19h
  • Centro Cultural São Paulo – Sala Jardel Filho
  • R. Vergueiro, 1000 – Paraíso/ São Paulo
  • Transporte: Metrô-Linha 1-Azul / Estação Vergueiro
  • Duração: 80 min | Recomendação: 14 anos
  • Grátis | Retirada de ingressos com 1h de antecedência

*Depois do espetáculo, nos dias 23, 24, 30 e 31/7 haverá uma conversa com participação de convidados.


<< Com apoio de informações/fonte: Canal Aberto Ass.Imprensa/Márcia Marques >>

 

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