Home Cotidiano Aumento de roubos exige mais segurança nas portarias de prédios. Desconfie sempre

Aumento de roubos exige mais segurança nas portarias de prédios. Desconfie sempre

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  • Profissionais bem treinados e atualizados fazem a diferença contra a investida de criminosos; moradores também podem contribuir, evitando a exposição da rotina da família na Internet 

Criminosos estão utilizando artifícios cada vez mais sofisticados para driblar a segurança e invadir condomínios de médio e de alto padrão. Há poucos dias, bandidos fingiram ser policiais civis para tentar entrar num residencial, localizado em Moema, bairro da capital paulista.

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Delegada Dra. Jacqueline Valadares, presidente do Sindpesp

A presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo ( Sindpesp ), Jacqueline Valadares,  o treinamento de porteiros e a não exposição de bens e da rotina por parte dos moradores em redes sociais contribuem na prevenção de ocorrências.

 

No caso de Moema, o crime parecia quase perfeito: dois homens, vestidos como policiais civis, com direito a distintivo, chegaram numa viatura caracterizada. Nas mãos, tinham um suposto mandado. Na oportunidade, alegaram estar ali para cumprir busca e apreensão.

O porteiro estranhou a ação e não autorizou a entrada da dupla. Com a negativa, os criminosos foram embora. O carro utilizado pelos bandidos foi encontrado horas depois, momento em que as autoridades descobriram se tratar de uma viatura clonada.

Novos métodos de roubos

O Sindpesp alerta que, à medida em que a Polícia aperta o combate ao crime, os bandidos criam artimanhas mais complexas para consumar os delitos. No caso de condomínios, a delegada defende capacitação constante, para que profissionais que atuam nas portarias se atualizem com técnicas que permitam checar a veracidade de informações rapidamente e desconfiar sempre de alguma situação ou conduta suspeita.

“Quando bem treinados, porteiros podem fazer consultas rápidas na Internet. Mandados de busca e apreensão, por exemplo, trazem dados que possibilitam qualquer pessoa fazer conferência digital, em tempo real, no site do Tribunal de Justiça (TJ). Não é só um papel contendo informações. Tem código de verificação. Se não existir este número de protocolo no portal, é necessário desconfiar da procedência. Pode ser golpe ou a porta de entrada para um roubo, ou sequestro”.

Diante de uma situação suspeita, a delegada dá algumas dicas para quem esteja na portaria, como informar, de maneira imediata, o síndico sobre a presença de agentes, e solicitar documentos, como funcionais de identificação, documentos pessoais e o número dos mandados.

“A partir daí, é possível checar a veracidade de algumas maneiras. Uma delas recai nos dados passados pelos policiais. Estes dados devem conferir com o prefixo da viatura, que, geralmente, é do Distrito Policial (DP) que enviou a equipe ao local´´, explica a delegada.

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Aviso aos policiais

Segundo ela, o porteiro também pode entrar em contato por telefone com o próprio Distrito Policial (DP) e perguntar se há uma equipe destacada para cumprir buscas naquele endereço. Persistindo a suspeita, é necessário acionar a Central da Polícia Civil, pelo telefone 197, ou a Polícia Militar (PM), no 190.

A delegada ainda frisa que, casos de bandidos com disfarce de agentes da lei não são comuns, até mesmo porque este tipo de crime costuma ter resposta rápida da força policial.

Ela complementa: “a população pode ter a certeza de que esses casos são investigados com afinco e celeridade, para que a instituição policial, que tanto se desdobra para proteger a sociedade, não tenha sua integridade maculada”.

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Os moradores mais atentos

Não menos importante são as orientações da delegada aos moradores de prédios e de condomínios. É recomendável evitar guardar altos valores em espécie em casa e não expor a residência e a rotina da família na Internet, sobretudo em redes sociais e aplicativos de mensagens, pela qual informações correm rapidamente e podem cair em mãos erradas.

“Por experiência, digo que os bandidos invadem casas, na maioria das vezes, já sabendo o que vão encontrar para furtar, ou roubar. Em algum momento, e de alguma forma, os criminosos tiveram acesso a dados sobre a vítima. Isso facilita o crime”, lamenta a presidente do Sindpesp.  


<<Com apoio de informações/fonte: Fiamini – Soluções Integradas em Comunicação / Rodrigo Dias / Simone Leone / Carla Fiamini >>

 

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