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Sistema Cantareira opera abaixo de 40% e segue em estado de alerta

Tempo de Leitura: 3 minutos

da Redação DiárioZonaNorte

O Sistema Cantareira opera em estado de alerta nesta 4a. feira (06/01/2021), com 36,8%, com variação de 0,1% no volume operacional nas últimas 24 horas. As informações são da  Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). 

O nível é considerado alarmante, por estar abaixo da margem de 40%.

De forma prática: a Sabesp só pode retirar do reservatório 27 mil litros de água por segundo, e não os 33 mil como era anteriormente a crise atual – quando operava com 44% da capacidade.

Seis represas integram o Sistema Cantareira

O Sistema Cantareira é composto por seis represas: Atibainha, Cachoeira, Jacareí, Jaguari e Paiva Castro.  No total, a capacidade de armazenamento é de quase 1 trilhão de litros de água.
O tratamento da água é feito na estação de tratamento do Guaraú, a maior instalação de tratamento da Grande São Paulo, abastecendo abastece cerca de 7,5 milhões de pessoas por dia, 46% da população da Região Metropolitana de São Paulo.
De acordo com a  Agência Nacional de Águas (ANA), órgão que regulamenta o setor, considerando os demais reservatórios que compõem o sistema e que abastecem a região metropolitana, integrados, operam com 48% da capacidade total.
Confira os índices dos reservatórios:
  • Cantareira – 36,8%
  • Alto Tietê – 54,9%
  • Guarapiranga – 60,1%
  • Cotia – 64,4%
  • Rio Grande – 81,7%
  • Rio Claro – 44,6%
  • São Lourenço – 60,8%
Sabesp descarta desabastecimento

Questionada pelo DiárioZonaNorte, a Sabesp informou em nota, que transcrevemos abaixo:

” A Sabesp informa que o Cantareira é um dos sistemas que abastecem a Região Metropolitana de São Paulo, dentro de um Sistema Integrado composto ainda por outros seis mananciais: Alto Tietê, Guarapiranga, Cotia, Rio Grande, Rio Claro e São Lourenço.

Esse Sistema Integrado é flexível, permitindo transferências entre os sete mananciais para abastecer diferentes regiões e, consequentemente, dando mais segurança ao abastecimento.

Isso é possível atualmente porque obras foram realizadas desde a crise hídrica de 2014, com destaque para a Interligação Jaguari-Atibainha (que traz água da bacia do Rio Paraíba do Sul para o Sistema Cantareira) e a entrada em operação do Sistema São Lourenço – juntas, essas duas obras agregaram 445 bilhões de litros de água para a RMSP, correspondente a 45% do volume total do Sistema Cantareira.

A queda no nível das represas, inclusive do Sistema Cantareira, é normal durante o período de estiagem todos os anos. Em 2020, o volume de chuvas está abaixo da média histórica e já é o menor desde 2014.

A Sabesp reforça à população que use de forma consciente a água, evitando desperdícios (veja dicas ao final). Além das obras e ações operacionais que a Sabesp já adota, campanhas para alertar a população são veiculadas ao longo do ano.

A Sabesp informa que o abastecimento está normal em toda a área atendida pela Companhia. Não há falta d’água generalizada.

Em algumas regiões atendidas pela Companhia é realizada a gestão da demanda noturna, que é feita de acordo com o consumo de água e é adotada pelo setor de saneamento e pela Comissão Europeia: quando há menos pessoas consumindo água, reduz-se a pressão nas redes a fim de evitar perdas por vazamentos e rompimento de tubulações; quando o uso é retomado, a pressão é reajustada.

Imóveis com caixa-d’água de reservação para ao menos 24 horas, como determina o Decreto Estadual 12.342/78, não sentem a intermitência”.

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