Home Cotidiano Plano Diretor, uma grande oportunidade para a população solicitar melhorias na ZN

Plano Diretor, uma grande oportunidade para a população solicitar melhorias na ZN

Tempo de Leitura: 4 minutos

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por Beto Freire (*) — Artigo n. 24 – < Cidadania >

A Câmara Municipal de São Paulo (CMSP), está discutindo o novo Plano Diretor da Cidade de São Paulo, que define entre outras coisas, onde teremos corredores de ônibus, áreas verdes e grandes intervenções viárias.

Esse regramento é valido por 10 anos, interferindo e impactando diretamente a vida de toda população da cidade. O Plano Diretor é responsável pela altura dos edifícios em todos os cantos da cidade, também define onde e o que pode ser feito em cada bairro.

Por exemplo: A altura máxima que um prédio pode ter no seu quarteirão, ou qual tipo de empresa pode operar em nosso bairro. Qual finalidade e prioridade cada região da cidade tem, seja em transportes, áreas de lazer, saúde, empregos e infraestrutura básica.

Essa discussão na CMSP está colhendo sugestões dos contribuintes paulistanos. A Zona Norte tem pouquíssima representação parlamentar, então é de fundamental importância que os moradores da nossa região, enviem propostas melhorias e regramentos nos próximos dez anos.

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Av. Guilherme Cotching e frente da Nossa Senhora da Candelária
O que nos falta

Entre as maiores necessidades das Vilas Maria / Guilherme /  Medeiros estão a falta de equipamentos para a saúde e lazer, como um Hospital Público, SESC, Creche dos Idosos, Centro de Convivência do Autista e áreas arborizadas.

Cada contribuinte pode fazer quantas sugestões achar necessárias, em qualquer seguimento ou região da cidade, para posterior avaliação e aprovação dos vereadores.

Nossa região especificamente, (Distritos Vila Maria/Guilherme/Medeiros) tem 33 bairros e 350 mil habitantes, entre o Jardim Brasil e o Carandiru.

Para atendimento médico de toda nossa vizinhança e bairros e cidades adjacentes, temos apenas um hospital secundário, que é o Vereador José Storópoli, e conhecido como ´´Vermelhinho´´,  no Parque Novo Mundo.

Esse hospital atende diariamente 1.500 pacientes em seu complexo, e não tem capacidade de equipamentos e médicos especialistas para diversos exames e tratamentos para o câncer, a doença mais terrível e letal em nossa região.

A falta de um equipamento de cultura e lazer— como o SESC — é outra necessidade que é consenso entre nossos vizinhos, nas vilas faltam opções com baixo custo para a diversão e distração das famílias.

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Hospital Municipal Ver. José Storópoli – Vermelhinho
Os idosos na região

Apesar de quase um terço de nossos vizinhos, pertencer a melhor idade 60+, o território de Vila Maria/Guilherme/Medeiros não oferece alternativas para a qualidade de vida dos idosos. Não recebemos nenhuma unidade da Creche dos Idosos, onde filhos e netos podem deixar seus  ´´queridos´´ durante o período de trabalho.

Esses espaços existem em outros cantos da cidade, e tem equipe multidisciplinar para acompanhamento da saúde e desenvolvimento de atividades de lazer, cultura e condicionamento físico dos idosos. Só o olhar não foi desviado, até o momento, à nossa região.

Outro ponto que não podemos deixar esquecido, é a falta de locais para atendimento digno de pessoas com Transtorno de Espectro Autista (TEA). A instalação de um Centro de Convivência do Autista é ideal para o desenvolvimento e tratamento das crianças acometidas com a doença. Ninguém se mexe para a questão.

E interfere imediatamente na qualidade de vida dos pais e/ou responsáveis, uma vez que a criança fica em período integral estudando e recebendo acompanhamento de uma equipe multidisciplinar, enquanto pais e mães podem ir trabalhar com tranquilidade.

A falta de áreas verdes, além de desvalorizar bairros e imóveis interfere na saúde de todos os  moradores de nossos bairros e vilas. Espaços com diversidade de fauna e flora são  essências para amenizar a quantidade de poluentes e quebrar as ilhas de calor.

Outro beneficio é durante o período chuvoso, quando existe praças e parques  e a água é rapidamente absorvida e enviada ao lençol freático que percorre o subsolo de toda nossa cidade. E onde estão os tais ´´jardins de chuva´´que a Prefeitura prometeu e não vimos nada aqui na Zona Norte.

Não fique parado, já que não temos um vereador como legítimo representante de toda a Zona Norte, vamos enviar os pedidos a quem recebeu os nossos votos. Cobre a atuação do vereador à suas escolha.  Use a sua cidadania de morador. Envie suas reivindicações e sugestões diretamente na Câmara Municipal de São Paulo, veja qual o vereador com mais acerto (clique aqui)  e envie a mensagem ou fale diretamente na CMSP.

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Observação:  A propósito, A Comissão de Política Urbana, Metropolitana e Meio Ambiente da CMSP promove uma Audiência Pública geral sobre a revisão do PDE (Plano Diretor Estratégico) – PL (Projeto de Lei) 127/2023 na próxima 2ª. -feira (22/05/2023), a partir das 17 horas. Local: Plenário 1º de Maio – Câmara Municipal de São Paulo == Transmissão: Plenário 1º de Maio, redes sociais da CMSP, e canal 8.3 da TV aberta digital .Mais informações: www.saopaulo.sp.leg.br/revisaopde  Vereadores da Comissão: Rubinhjo Nunes (presidente – União Brasil), Marlon Luz (Vice-presidente – MDB), Membros: Arselino Tato (PT), Fábio Riva (PSDB), Rodrigo Goulart (PSD), Sansão Pereira (Democratas) e Silvia da Bancada Feminina (PSOL).

 


(*) Beto Freire — Antonio Roberto Freire é o nome oficial, com batismo de família genuinamente portuguesa, nascido e criado na Zona Norte, nas bandas da Vila Guilherme e Vila Maria. Cronista das Vilas, um apaixonado pela Zona Norte, sendo ativo colaborador há muitos anos do DiárioZonaNorte — escreve quinzenalmente. Com olhar de ativista social, preocupado com a melhor qualidade de vida de todos os moradores, sem distinção,  já teve participações em muitas audiências públicas. Por outro lado, foi membro em gestões do Conselho Comunitário de Segurança-CONSEG de Vila Maria, além da presidência da Associação dos Amigos do Parque Vila Guilherme-Trote (PVGT).


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Nota da Redação: O artigo acima é totalmente da responsabilidade do autor, com suas críticas e opiniões, que podem não ser da concordância do jornal e de seus diretores

 

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