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Mestre Salu, um patrimônio da cultura nordestina e brasileira, com muitas honras

Tempo de Leitura: 3 minutos

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por Toninho Macedo (*) – Reflexões – 16

Mestre Salu,

Patrimônio da Cultura Nordestina e Patrimônio da Cultura Brasileira.

Dia desses, em meio aos desvarios e a uma detração intensiva de nordestinos (não só destes, como também de negros, pobres, candomblecistas, gays, pessoas com deficiência, …) a profa. Rúbia Lóssio, doutora em Sociologia pela Universidade Federal da Paraíba, postou uma joia de animação sobre Mestre Salu.

Manoel Salustiano Soares, um pernambucano de lastro, ex-cortador de cana, nascido na zona da mata pernambucana, que ficou conhecido Brasil afora, e fora destas plagas como Mestre Salu. Recebeu, em 1965, o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal de Pernambuco, e em 2001, merecidamente, foi agraciado pelo presidente da República, com o título de comendador da Ordem do Mérito Cultural.

Tendo convivido, desde criança, com os Brincantes de Maracatu, imerso e atuante na riqueza cultural do “nosso Nordeste” (Coco, Mamulengo, Caboclinhos, Aboio, Ciranda, …) e de forma especial no Cavalo Marinho em que se consagrou como Mestre.

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Mestre Salu

Mestre Salu foi exímio rabequista, arte que herdou de seu pai, em sua caminhada culminou por se consagrar como referência para a nova safra de músicos pernambucanos.

“Por ocasião de sua morte, em 2006, diversas personalidades do mundo cultural e artístico se pronunciaram, sobre a importância de sua arte e atuação na cultura pernambucana”.

Este brasileiro de lastro, nos representa!

Este é o Brasil que queremos.

A propósito dos recentes desvarios e detração praticada por uma parcela ínfima de nossa sociedade, e que de tempos em tempos insistem em se levantar de suas tumbas, e fazer algum alvoroço, tentando separar os seres humanos entre “bem-nascidos”, “melhor aquinhoados”, os “superiores”, “que devem prevalecer na sociedade”, …e os demais.

Esta crença e prática que ficou conhecida como “Eugenia”, termo cunhado em 1883 por Francis Galton (1822-1911), com o sentido de “bem-nascido”.

Não é demais lembrar que esta “crença” serviu de suporte para ascensão do Nazismo, sua crença em “pureza racial”, seu exercício de controle social, e suas práticas que culminaram no Holocausto.


                Leia um pouco mais da história de Mestre Salu: clique aqui


Assista ao vídeo com o desenho ´´Salu e o Cavalo Marinho´´,da Mostra de Cinema Infantil.  Direção de Cecilia da Fonte, animação, PE, 2014, 14 minutos. Filme infantil completo em português  Clique na imagem abaixo:

 


(*) Toninho Macedo — Por trás do conhecido Toninho Macedo, há o cidadão Antonio Teixeira de Macedo Neto, que conduziu grandes festivais de cultura e de folclore culminando no maior Festival de Cultura Paulista Tradicional, o “Revelando São Paulo“ – criado em 1996 –, por seis edições memoráveis na Zona Norte (Vila Guilherme em 2010 a 2014 e 2017/2018), além do interior e litoral.

Nele há também muita experiência e inteligência, que vem da graduação em Licenciatura Plenas em Letras Neo-Latinas (1972) e doutorado em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo-USP (2004). Atualmente é diretor cultural e artístico da Abaçai Cultura e Arte, além de gerir Museu da Inclusão e a Fazenda São Bernardo, fundada em 1881 em Rafard (interior de São Paulo), onde Tarsila do Amaral nasceu e passou a infância — saiba mais clicando aqui


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