Home Cultura Dos velhos bisões aos tomates transgênicos, as mudanças que acontecem no mundo

Dos velhos bisões aos tomates transgênicos, as mudanças que acontecem no mundo

Tempo de Leitura: 5 minutos

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da Redação DiárioZonaNorte 

O título e o subtítulo do livro já mostram claramente qual é o caminho: ´´ Brincando de Deus – Como a Humanidade vem Alterando a Natureza há 50 mil anos´´, recém-lançado pela Editora Contexto. A capacidade incomparável da humanidade de remodelar a natureza é algo que sempre chamou a atenção dos especialistas e pesquisadores do meio ambiente.

A autora do livro é Beth Shapiro, bióloga evolutiva e professora de ecologia na Universidade da Califórnia, traz como referência o que aconteceu com os bisões, que ainda hoje vagueiam e são tidos como o maior mamífero nacional dos Estados Unidos. Ao longo do caminho, o livro demonstra o conhecimento dentro da carreira de Shapiro em suas pesquisas.

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Bisão em desenho na época das cavernas

Suas histórias mostram situações que levaram do fedor de mamutes descongelando da Era do Gelo até nas observações e considerações de pesquisas em sua evolução como cientista. E explicações até a última linha do livro como a humanidade chegou em evoluções e transformações, nas experiências com animais, alimentos e tudo que for possível mexer geneticamente.

Com 347 páginas e uma tradução de fôlego realizada da edição norteamericana por Diogo Chiuso, a autora Shapiro explora como a humanidade moldou nosso ambiente no passado, mas também como melhoramos muito recentemente – ao ponto em que agora temos a oportunidade de usar nossas habilidades nas pesquisas com  a evolução e o uso do DNA.

O que veio mudando do passado

Desde que os antepassados esculpiam ferramentas de pedra ao redor do fogo, há dezenas de milhares de anos, os seres humanos adoram mexer com o mundo natural. A primeira evidência de que as pessoas estão impactando outras plantas e animais vem do registro fóssil. Nas páginas do ´´Brincando de Deus´´, um grande, curioso e minucioso passeio pela história da biotecnologia, com seus aspectos morais e étnicos, levando às influências do homem na natureza.

Depois que as pessoas se expandiram para fora da África e foram para diferentes partes do mundo, há uma coincidência no tempo entre a primeira aparição de humanos anatomicamente modernos e o desaparecimento dos mamíferos em sua maioria grandes que viviam por alguns cantos do mundo. Isso, é claro, não foi intencional, mas ainda teve um efeito bastante profundo.

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Entre 10 e 15 mil anos atrás, começaram as primeiras evidências de agricultura e domesticação. Foram espécies com as quais interagimos caçando por várias dezenas de milhares de anos e começamos a perceber que manter nossas famílias alimentadas não precisava necessariamente levar à extinção.

Depois disso, começamos a trazer animais para perto de nossas moradas e então decidir quais deles poderiam se reproduzir e passar seus genes para a próxima geração. Isso foi realmente nós assumindo o futuro desses animais.

Mexendo com outras espécies

No mundo atual, no qual os humanos tiveram um papel cada vez maior na modelagem da natureza, estamos simplesmente fazendo o que a evolução nos permitiu fazer. Deste modo, mexendo com outras espécies ao nosso redor para fazê-las fazer o que queremos de forma mais eficiente, tornando nossas vidas mais simples, mais fáceis e mais ricas.

No entanto, embora possamos interferir na natureza, a mensagem que tiramos é que devemos fazer com responsabilidade e de forma consciente. Isso inclui não apenas considerar os impactos imediatos de nossas ações, mas também as consequências a longo prazo.bisões

As inovações recentes em biotecnologia nos permitem manipular genes e criar novas espécies. A autora acredita que, em vez de evitar essas tecnologias, devemos usá-las para melhorar a vida de todas as formas de vida na Terra.

O que é mais importante é que entendamos que nossas ações têm consequências. À medida que continuamos a mexer com o mundo natural, precisamos estar cientes dos impactos que estamos causando em todo o mundo e nas perspectivas de nosso futuro. Vale a pena ter o conhecimento que o livro oferece, apesar de o único defeito é de não ter nenhuma ilustração, principalmente os bisões. Mas nada interfere para uma boa leitura.

As avaliações categorizadas
  • Jennifer Doudna, ganhadora do Prêmio Nobel de Química em 2020: ´´ Uma combinação brilhante de ciência, história natural e experiência em primeira pessoa, Brincando de Deus mostra como nossa espécie tem manipulado a natureza praticamente desde que surgimos. Qualquer pessoa que queira entender melhor o futuro da vida – humana ou não – deve ler este livro.”
  • Science: “Shapiro leva os leitores a uma jornada por eventos históricos, invenções e decisões que mudaram para sempre o curso da vida na Terra. Um grande mérito do livro é formular questões-chave cujas respostas vão definir como pensar sobre o uso do poder que temos hoje.” – Science
  • The Wall Street Journal: ´´Em seu cuidadoso e divertido Brincando de Deus, Beth Shapiro argumenta que as intervenções profundas e prolongadas da humanidade embaralharam a distinção entre os mundos natural e artificial.”

Leia um trecho do livroclique aqui


Quem é a autoraBeth Alison Shapiro é uma bióloga molecular evolucionista norte-americana. Ela é professora Associada no Departamento de Ecologia e Biologia Evolucionária na Universidade da Califórnia em Santa Cruz. O trabalho de Shapiro centra-se na análise de DNA antigo. Ela foi premiada com um MacArthur Fellowship, em 2009.


Serviço

                                 Brincando de Deus –

         Como  Humanidade vem alterando a Natureza há 50 mil anos.

  • Autora: Beth Shapiro
  • Tradução: Diogo Chiuso
  • Editora: Contexto
  • Site: https://www.editoracontexto.com.br/
  • Diretor editorial: Jaime Pinsky
  • Consultoria técnica: Carlos Alberto de Mattos Scaramuzza, Célia Malvas, Natália Pasternak, Pedro Paulo Funari e Renato Bassanezi
  • Páginas: 347 páginas
  • Custo: R$ 79,90
  • Pedidos:  clique aqui
  • Atendimento:  (11) 3832-5838 (2ª a 6ª.feira, das 8h30 às 18 horas)

<< Com apoio de informações/fonte: Marketing / Divulgação –  Editora Contexto /   Gabriela Müller >>

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