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Como boas idéias são ignoradas em uma economia construída para os homens

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  • Katrine Marçal denuncia: preconceito de gênero distorce e atrapalha o desenvolvimento da história humana

Tudo começa com uma mala de rodinhas. Embora a roda tenha sido inventada há cerca de cinco mil anos e a mala no século 19, foi só na década de 1970 que alguém juntou as duas invenções para criar um produto de sucesso.

Qual o motivo da demora? A explicação, chocante, vem da escritora e jornalista Katrine Marçal: é que os “homens de verdade” carregavam suas malas, por mais pesadas que fossem, e não precisavam de auxílio.

Histórias como esta estão presentes em Mãe das invenções, uma análise reveladora do mundo dos negócios, da tecnologia e da inovação com um olhar sob a lente feminista.

Não é só a mala. Dos carros elétricos às costureiras de sutiãs, passando pelos bilionários da tecnologia, Katrine mostra como o preconceito de gênero sufoca a economia e atrasa o processo de inovação, às vezes por centenas de anos, além de distorcer a compreensão sobre a história da humanidade.

A jornalista, especializada em mulheres e inovações, mostra como a noção do feminino e do masculino impactou e até ‘atrasou’ o desenvolvimento de produtos. Por exemplo: o carrinho de supermercado e a mala com rodinhas, que têm a mesma lógica; a primeira viagem a longa distância de automóvel, financiada e realizada por uma mulher; as roupas espaciais, feitas por uma fabricante de cinta liga, que precisou se associar a uma empresa de tecnologia militar; e a história da computação, que apagou a participação feminina. Ela lembra que as mulheres criaram os primeiros algoritmos e os homens só se envolveram com os computadores quando viram sua real importância.

“A invenção é uma forma de virilidade. É uma maneira de mostrar que você é um homem. E, por isso, as mulheres não podem ser inventoras. Essa é a ideia que temos em mente quando pensamos em invenção. E essa ideia tem consequências”, elucida, para depois defender que, propositalmente, as mulheres foram excluídas desta narrativa e que uma das consequências do patriarcado é “nos fazer esquecer de quem realmente somos”.

Nesses e outros exemplos, Katrine expõe como o preconceito de gênero tem retardado o progresso em diferentes setores e, com isso, prejudicado a economia. Ela destaca a importância das invenções associadas às mulheres, muitas vezes subvalorizadas e com dificuldade de acesso a financiamentos, apesar do potencial revolucionário e a capacidade de moldar o futuro do planeta.

Para aqueles que querem se aprofundar ainda mais sobre como o preconceito de gênero tem impactado a economia, Katrine também é autora da obra O lado invisível da economia, título lançado pela editora Alaúde. Nesta obra, a jornalista sueca explora histórias reveladoras que revelam como a exclusão das mulheres da narrativa da inovação sufoca a economia, atrasa a e distorce a compreensão sobre a história da humanidade.

Ficha técnica:
Título: Mão das invenções
Subtítulo: como boas ideias são ignoradas numa economia construída para os homens
Autora: Katrine Marçal                                                                                  Tradução:  Rosane Albert                                                                                Editora: Alaúde
ISBN: 978-857-881-627-8
Formato: 14×21 cm
Páginas: 264
Valor: R$ 69,90
Disponível em: Amazon

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Sobre a autora

Katrine Marçal é escritora, jornalista e correspondente do Dagens Nyheter, o principal jornal da Suécia. Ela escreve sobre mulheres e inovação e mora na Inglaterra com o marido e os filhos. Pela Editora Alaúde publicou também O lado invisível da economia (2017), um grande sucesso traduzido em mais de 20 países.

Acompanhe a autora no Instagram: @kielosmarcal

Sobre a editora

Com mais de 20 anos de atuação, a casa busca se reinventar e investir no que há de mais relevante e inovador no mercado literário. Consolidada como referência na publicação de obras sobre economia, finanças, informática, idiomas e empreendedorismo, o grupo expande constantemente seu catálogo e áreas de atuação distribuídas atualmente em 6 selos e segmentos editoriais, incluindo Alta Books, Alta Cult, Alta Life, Alta Novel, Alta Geek, Alaúde, Tordesilhas, Faria e Silva, HQueria, Camaleão e M.Books.

Acompanhe a editora no Instagram: @editoraalaude

<Com apoio de informações:  LC Agência de Comunicação – jornalista Genielli Rodrigues>

 

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