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Polo Ecoturismo da Cantareira quer atrair mais investimentos para a Zona Norte

Tempo de Leitura: 5 minutos

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  • Documento traz diversas ações para promoção do turismo na região que abriga uma das maiores florestas urbanas do mundo
  • O Polo foi criado pela Lei 16.832 de 7 de fevereiro de 2018
  • O mapa inclui turismo, bares, restaurantes e outros atrativos em toda região – não só na Serra da Cantareira

A Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo (SMDET) lançou nesta 3ª feira (28) o Plano de Desenvolvimento Turístico do Polo de Ecoturismo da Cantareira, documento fruto de ampla pesquisa, que aponta diretrizes para promoção do setor na região que abriga uma das maiores florestas urbanas do mundo. Um dos objetivos esperados por esta iniciativa é atrair mais investimentos por meio do turismo rural, turismo de base comunitária-indígena nas aldeias guarani, entre outros.

Segundo o prefeito da cidade de São Paulo, “a cada dia a cidade de São Paulo melhora mais a sua política ambiental, principalmente com relação aos polos de ecoturismo. Hoje temos 48,13% de áreas com cobertura vegetal e nosso grande desafio é não deixar que esse índice seja reduzido, ao contrário, que possamos avançar e chegar a 50%. Por isso, que ações como essa, de incentivo e preservação do meio ambiente e ao ecoturismo são necessárias”.

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Entre as estratégias de desenvolvimento detalhadas no Plano de Desenvolvimento Turístico do Polo de Ecoturismo estão: criação de uma instância de governança e articulação de ações com cidades vizinhas, como Mairiporã, que se conectam por meio da Serra da Cantareira, além de melhorar as condições de acesso e mobilidade, infraestrutura e preservação da memória histórica e cultural da região.

No perímetro do Polo de Ecoturismo da Cantareira estão inseridos dois parques estaduais: Cantareira e Alberto Löfgren/Horto Florestal — que foram recentemente privatizados (clique aqui para ler a  matéria) –, que possuem mata atlântica nativa, áreas de lazer, esporte, gastronomia, além de um grande manancial, que produz água para o abastecimento da região metropolitana de São Paulo. “Estamos fazendo um trabalho que não é para hoje, mas para duas, três, quatro décadas de preservação. Esse é o trabalho inteligente, sustentável e que eterniza”, disse o prefeito de Mairiporã, Walid Hamid.

O material começou a ser elaborado entre os meses de outubro e dezembro de 2020. A partir da coleta de dados e análise, a publicação propõe estratégias e ações que devem direcionar as políticas públicas e investimentos para ampliar o acesso às atividades realizadas no Polo, aos espaços de lazer, alimentação, investimentos e hospedagem do perímetro, além da estruturação de serviços turísticos.

Uma das principais necessidades identificadas é a capacitação relacionada à hospitalidade para formação de mão de obra qualificada local. Com o apoio da Agência São Paulo de Desenvolvimento – Ade Sampa, uma das prioridades do Plano  é promover programas de capacitação de monitores e guias de turismo para a condução de grupos para dentro do Parque Estadual da Cantareira.

Os atrativos do Polo são utilizados por moradores da Zona Norte, seguido por habitantes de municípios vizinhos, o que mostra um enorme potencial a ser desenvolvido alcançando todas as regiões da cidade.

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Governança compartilhada

Um dos principais desafios para implantar produtos turísticos para a região era a ausência de uma governança estruturada. Este cenário começa a mudar com a organização de uma comissão, que será uma instância com ampla representação dos principais setores econômicos. A comissão terá representantes do Governo do Estado de São Paulo, Secretarias Municipais, Subprefeituras, membros da sociedade civil e empresários que tenham interesse de fomentar e desenvolver o turismo na região.

Polo da Cantareira

O Polo da Cantareira é uma das maiores florestas urbanas do mundo, com 7.910 hectares. A região que engloba trechos inseridos nas subprefeituras do Jaçanã/Tremembé; Santana/Tucuruvi; Casa Verde/Cachoeirinha; Freguesia do Ó/Brasilândia; Pirituba/Jaraguá e Perus concentra uma população de mais de 2 milhões de pessoas.

Cerca de 60% dos brasileiros nunca visitaram um parque natural, segundo a S.O.S Mata Atlântica, o que indica um grande potencial para o Polo da Cantareira, assim como outras opções de ecoturismo na cidade de São Paulo.

Durante a pesquisa de campo realizada pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo (SMDET), foram identificados os atrativos, recursos e serviços turísticos da região. Entre os principais estão o Clube de Campo Cantareira, Núcleo Engordador, Sítio Morrinhos, seis atrativos naturais: Parque Estadual da Cantareira – Núcleo Pedra Grande, Parque Estadual Alberto Löfgren – Horto Florestal, Parque Estadual do Jaraguá, represa, museus, restaurantes, quadras de escolas de samba, além de 73 espaços de hospedagem e alimentação.


Saiba mais sobre o Polo:  clique aqui – e conheça: O Polo / História/ Criação/ diagnóstico e Plano de ações/ Marca do Polo === Evento de Lançamento do Plano de Desenvolvimento Turístico do Polo de Ecoturismo da Cantareira === Serra da Cantareira: Explore os municípios.


 

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Ecoturismo em São Paulo

A cidade de São Paulo é o maior mercado consumidor do Brasil e também o maior emissor de turistas, mas também sofreu os impactos da pandemia da Covid-19. No contexto nacional, é o principal destino turístico, com uma demanda estimada em 16,2 milhões de turistas em 2019 (Fipe), gerando uma receita de aproximadamente R$ 14 bilhões.

Quando comparada a outros destinos nacionais, é a primeira cidade na busca por turismo de negócios, eventos e convenções, segundo a pesquisa de Demanda Turística Internacional 2014-2018, do Ministério do Turismo, e a quinta no segmento de lazer. Este perfil de turista que vem à cidade contará com o ecoturismo como atrativo para estender sua estadia.

O ecoturismo pode ser um ponto de apoio para a retomada do setor, pois já era a modalidade que mais se destacava antes mesmo da pandemia. Até 2019, a média do crescimento mundial do turismo nos dez anos anteriores foi de 5%, enquanto o turismo de natureza, modalidade do turismo de lazer com a realização de atividades em áreas verdes, cresceu de 15% a 25% ao ano, segundo a Organização Mundial do Turismo (OMT), respondendo por 25% do mercado turístico mundial.

O fomento ao ecoturismo nos Polos de Ecoturismo de Parelheiros/Marsilac/Ilha do Bororé e da Cantareira é um objetivo previsto no Platum – Plano de Turismo Municipal, elaborado por meio de consulta pública em 2019.

<< Com apoio de informações/fonte: Secretaria Especial de Comunicação-Secom/PMSP e Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Tranalho e Turismo — SMDET )


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