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Como aumentar a segurança de alunos e professores nas escolas brasileiras?

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  • “Não há uma solução única para evitar novos eventos. As tecnologias somam muito, mas são necessárias medidas integradas para prevenir e agir em caso de ataques”, conta especialista da Avantia

A escola, via de regra, deveria ser um dos lugares mais seguros para a população. No entanto, os acontecimentos dos últimos tempos, evidenciam que o ambiente escolar pode ser um local vulnerável, reforçando a necessidade de procedimentos para aumentar a proteção dos alunos e professores. Por isso, o assunto tem sido discussão entre as principais autoridades federais e municipais.

Prova disso é que, desde outubro de 2020, tramita na câmara dos deputados o projeto de Lei 4858/20 que determina que as escolas públicas e privadas de educação básica mantenham sistema permanente de vigilância eletrônica, durante todo o seu período de funcionamento. A proposta é que as câmeras sejam instaladas em todas as áreas que compreendem a estrutura escolar, com exceção de banheiros, individuais ou coletivos.

Prevenção

Após os últimos eventos do início deste ano, o assunto que está no papel, passou a ser de forças-tarefas de governos de diversos estados, a fim de garantir medidas preventivas para aumentar a segurança nas unidades de ensino, como a presença de policiais, a criação de programas de mediação de conflitos, e, a adesão aos sistemas de segurança eletrônica em pauta no PL, uma tendência cada vez mais sólida na área da educação, objetivando monitorar, mitigar e prevenir incidentes neste e nos mais diversos tipos de ambientes.

O levantamento da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) só reforça a importância do assunto, ao contabilizar 22 ataques a escolas no Brasil, entre 2002 e 2023, sendo 13 deles concentrados nos últimos dois anos.

Monitoramento inteligente – uma alternativa eficiente e democrática

A incorporação de câmeras de vídeo entre os requisitos obrigatórios para as instituições de ensino representa um grande avanço para a segurança pública, em especial nas escolas, pois se trata de recurso fundamental para inibir possíveis transgressões, assim como para fins comprobatórios.

Contudo, vale ressaltar que o registro das imagens por si só tem pouca eficácia na execução de ações preventivas. Para isso, há necessidade de aplicação de tecnologias de monitoramento inteligente, que auxiliem nas tomadas de decisão.

A inteligência artificial agregada aos sistemas de câmeras permite a emissão de alertas preventivos de maneira autônoma, conforme a identificação de comportamentos fora do padrão programado, tais como abusos de permanência no local, invasão de perímetros, detecção de aglomerações ou animosidades, formando assim um sistema com visão computacional que identifica automaticamente qualquer não conformidade.

É importante manter ativo e atualizado um plano de gestão de riscos do ambiente escolar, pois assim estarão mapeados os gargalos que exigem medidas reforçadas de segurança. A tecnologia, especialmente com sistemas de monitoramento inteligente que sejam gerenciados por uma empresa independente e apartada do ambiente interno escolar, é aliada nesse cenário, pois permite ampliar os pontos de cobertura e unificar os alertas de acontecimentos fora do padrão, tornando a tomada de decisão e a ação mais rápidas”, comenta Antônio Egito, gerente de negócios da Avantia, empresa de integração e desenvolvimento de novas tecnologias para segurança eletrônica no Brasil, responsável por projetos em diversas instituições de ensino pelo país.

Botão de pânico: uma importante novidade para as escolas

O botão de pânico é uma alternativa que vem sendo estudada pelas instituições governamentais como opção para agilizar o atendimento em caso de ataques. Ele pode ter o formato de aplicativo para ser baixado em celulares ou ainda ser físico, instalado in loco nas unidades de ensino.

“Intercomunicadores com botões de pânico já são usados em alguns locais do Brasil. Ao ser acionado, é possível estabelecer comunicações importantes, como com grupos internos escolares, unidades policiais ou com a própria central de monitoramento, para providências ágeis”, destaca Egito.

Ações conjuntas de proteção no ambiente escolar

O Governo Federal, por meio do Ministério da Justiça e Segurança Pública, deu início, no mês de abril, à Operação Escola Segura, que atua 24 horas por dia e contempla uma série de medidas para prevenir e coibir novos episódios nas unidades de ensino. As ações estão sendo coordenadas em parceria com delegacias de investigação e agências de inteligência da Polícias Civil e Militar.

Uma das iniciativas é o “Canal de Denúncias”, que atuará exclusivamente recebendo informações de ameaças e ataques contra escolas. Por meio desse canal, também estão sendo monitoradas publicações na web com conteúdos suspeitos.

Outras medidas também estão sendo discutidas por um grupo interministerial coordenado pelo Ministério da Educação, que terá participantes dos governos estaduais. Entre elas, além do policiamento nas escolas, monitoramento por câmeras e botão de pânico, estão ainda catracas e detectores de metal nas entradas das unidades escolares, atuação de psicólogos nas escolas e grupos de apoio comunitários.

Para o executivo da Avantia, é claro: não há uma solução única para evitar novos eventos. “As tecnologias somam muito, mas são necessárias medidas integradas e multissetoriais no intuito de prevenir, conter e agir em caso de ataques, sem esquecer de manter o ambiente escolar como um local que desenvolve, valoriza e humaniza as relações entre as pessoas”, finaliza Antonio Egito.

Para fomentar essas e novas discussões sobre o assunto, a Avantia patrocina o evento “Escola Segura” – da Revista Segurança Eletrônica, em Alphaville, que vai acontecer no dia 11 de maio.

Serão mais de 40 empresas de segurança reunidas com o mesmo propósito: discutir como aumentar a segurança nas escolas de todo o Brasil. O encontro será gratuito. Para mais informações, acesse o link aqui.

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<com apoio de informações: Idee Informação Corporativa – Jornalista Caroline Brito>

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