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Segredos e detalhes de um “tour” dentro da Catedral da Sé. Vale a pena participar !

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julho 7, 2023

Tempo de Leitura: 6 minutos

da Redação DiárioZonaNorte

Foram usadas 166 toneladas de mármore vermelho de Caldana, 154 toneladas de mármore de Carrara, 75 toneladas de mármore amarelo de Siena, entre outros;
Mais 30 vitrais, com cerca de 600 subdivisões e quadros; e
Foram executadas 102 estátuas e 96 baixos-relevos.

No cotidiano agitado de milhares de pessoas, que passam pela Praça da Sé, sem tempo para ver a história do principal e histórico templo católico da cidade de São Paulo. Ali está a Catedral Metropolitana de Nossa Senhora de Assunção – a padroeira da cidade – que é simplesmente a Catedral da Sé / Catedral Metropolitana da Cidade de São Paulo É uma das maiores estruturas neogóticas do mundo, encravada ali há 69 anos de sua inauguração oficial, sem contar o projeto da construção que chega aos 110 anos.

A história é muito longa, desde a simples e humilde igreja construída de taipa e pilão, e que teve a construção iniciada em 1913. Além de uma cidade mais tranquila, na época, mas passou por duas Guerras Mundiais, uma Revolução de 1932, além de outras crises de saúde, econômicas e política. O pontapé inicial na ideia para a construção da catedral partiu do arcebispo brasileiro Dom Duarte Leopoldo e Silva.

E atingiu o seu objetivo nas mãos do arquiteto e engenheiro alemão Maximilian Emil Hehl — projetando uma igreja de grande proporção em estilo eclético – e consolidou a sua construção inaugurada em 25 de janeiro de 1954 ( comemorações do 4º Centenário da Cidade) — – as torres e os sinos só viriam anos depois. Nos seus 111 metros de comprimento, 46 de largura, duas torres de 92 metros e a cúpula atingindo 70 metros de altura, a catedral tem a capacidade para abrigar 8 mil pessoas.

O início com a missa

Os mistérios podem ser desvendados por um tour guiado nas dependências da Catedral da Sé. Dentro da beleza e imponência interna, pode-se participar da missa celebrada pelo cura e padre titular Luiz Eduardo Pinheiro Baranto, que tem o acompanhamento voluntário dos cantos litúrgicos no órgão com a potente voz do professor e Doutor Delphim Rezende Porto e sua esposa, a soprano Regiane Martinez, da São Paulo Scuola Cantorum.

Em seguida à celebração, cerca de 100 pessoas sobem ao primeiro andar, com uma amostra do que será o tour em pequena escada, em cima do altar. Ao atingir, os salões neste andar, um deles reservado ao ´´Brunch Catedral´´, que tem o intuito de ajuda humanitária principalmente com a ´´Missão de Belém´´ com as pessoas em situação de rua. Todos plenamente satisfeitos, ´´do bom e do melhor´´preparado com carinho pela chef Gil Gondim. (veja a matéria com detalhes aqui)

Os segredos do ´´tour´´

Logo após o “brunch”, muito bem servido até com apresentações musicais com violino e acordeón, os vários coordenadores da equipe da empresa Phylos Eventos, Turismo e Cultura formam dois grupos de cerca 20 pessoas para o tour nas dependências da catedral. Um desses grupos é coordenado pelo guia Felipe Matos Candido, que tem toda a história em detalhes na ponta da língua. O início das explicações tem início na nave central em frente ao altar da maior igreja da capital paulista junto aos cinco maiores templos do mundo.

O mapa da sequência para explorar os segredos sinaliza o imponente altar e a nave central com os baldaquinos, as portas centrais e o batistério com a pia batismal de mármore de Siena. Nota-se logo na entrada da catedral, a reprodução dos três elementos responsáveis pelo crescimento econômico do país: cacau, trigo e uva – como também o café e do milho.

Em cada item, o guia Felipe explica o significado e a importância para a catedral, além de informações históricas que novas revelações. ´´Há muitos detalhes na história da catedral, com o material e o tempo de sua construção´´, e vai mais além ao revelar que o padroeiro da cidade não é São Paulo – que está em uma grande imagem à esquerda, segurando uma espada–, mas sim Nossa Senhora de Assunção, que está do lado direito.

Mais detalhes dentro da cripta

Na continuação do tour, chega-se ao batistério, que está logo na entrada da catedral, do lado esquerdo. E num lance direto, o grupo segue para a cripta que foi inaugurada em 1919, no único subsolo – a sete metros abaixo do altar – onde se encontram a capela subterrânea e as trinta câmaras mortuárias, com treze ainda livres. Há os sarcófagos dos bispos e arcebispos – como D.Paulo Evaristo Arns e D. Claudio Hummes, além de guardar os restos mortais do cacique Tibiriçá, um dos fundadores da cidade São Paulo de Piratininga, e do regente do Império, Padre Feijó.

Em um dos lados da cripta, está a exposição sobre o Santo Sudário e no local duas enormes esculturas feitas em mármore carrara italiano. O guia do passeio interno explica os detalhes do local e das personalidades ali sepultadas. Mais um detalhe da cripta: ´´O padre Alexandre de Gusmão, o inventor do balão, foi aqui sepultado também com a homenagem da Aeronaútica brasileira, onde consta o seu logotipo´´, comenta Felipe.

Depois dos degraus, as torres

Do subsolo às alturas da Catedral. A longa subida em vários lances em escada de caracol de 215 degraus estreitos para uma pessoa, que tem somente um ponto para refresco no percurso, onde fica o mezanino com o espaço do coro e onde ficava o antigo órgão. Com alguns minutos de descanso, água e café. E, em seguida, a continuidade da subida que leve ao lado das torres e junto aos sinos da catedral. As colunas de 70 metros de altura têm desenhos de elementos típicos da fauna e flora brasileiras, como ramos de café, tamanduá-bandeira, porco selvagem, morcego entre outros.

Ufa!, depois de muitos degraus, o grupo chega aos sinos holandeses de bronze, que pesam mais de 20 toneladas, com suas histórias. Há até uma pequena demonstração de sua sonoridade, com o movimento manual realizado pelo guia do tour – que agora são acionados eletronicamente. Nas torres, um dos maiores carrilhões, com 61 sinos.

Ao sair da parte interna da catedral, chega-se ao mundo, aos céus. Imagens da cidade lá de cima são espetaculares e inesquecíveis, dá para ver os quatro cantos, fotos para selfies e recordações eternas. Depois de quase duas horas, o término do tour com a descida de todos os degraus e uma parada no mezanino para água e café – além de uma lojinha para pequenas lembranças da Catedral da Sé.

O espaço curto e o tempo pequeno não dá para progredir nos relatos e detalhes. Vale a pena agendar um dia para o tour na Catedral da Sé, como participar do “brunch” (saladas, comida quente, sobremesas, sucos, refrigerantes, vinhos e espumantes) com sua variedade de comida e alegria.

Visitar da cripta, saindo do solo até a cúpula, é um tour especial e exclusivo. Fora as amizades do ´´tour´´ proporciona e o conhecimento da Catedral, sobressai a consciência de ter ajudado aos mais necessitados e a manutenção de um patrimônio histórico da cidade.