da Redação DiárioZonaNorte
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A Rua Roberto Caetano Maria Lenci, na Vila Guilherme, ostenta uma placa que transforma sua extensão com cerca de 250 metros em “Rua de Lazer” , em contraste com sua vocação para ponto de descarte irregular de lixo, garrafas quebradas… com pneus jogados para a dengue e calçadas irregulares – que apresentam alguns trechos com marcas de “fogueiras” .
Sem saída, a rua é paralela à Avenida Joaquina Ramalho e faz esquina com a Rua José Bernardo Pinto.
Nenhuma casa…. no lado direito apenas um terreno que em parte serve como depósito judicial, com uma construção inacabada e com alguns veículos parados e outra parte repleta de mato que invade a calçada.
No lado esquerdo a rua é delimitada pelos muros das docas do Atacadão – fazendo com que a rua se torne durante o dia, estacionamento dos caminhões que esperam a ordem de descarregar mercadorias no estabelecimento.
Ainda no lado esquerdo, os muros dos empreendimentos Teg Vila Guilherme, Vibra Parque Vila Guilherme, Helbor Spazio Vita Vila Guilherme – dotados de áreas de lazer, playgrounds, piscinas e espaços de convivência para seus moradores, conforme a propaganda dos empreendimentos, “verdadeiros clubes de lazer”.
Investimento
Foi no fundo desta rua sem saída e sem movimento de pessoas, na jurisdição da Subprefeitura de Vila Maria/Vila Guilherme/Vila Medeiros, que a Prefeitura de São Paulo investiu exatos R$ 433.377,29 – na criação de um equipamento de lazer voltado à infância e a terceira idade.
A vencedora da licitação e responsável pela execução da obra foi a DBL Construções Ltda, conforme publicado na página 296 da edição de 24 de setembro de 2024 do Diário Oficial da Cidade de São Paulo.
Formado por um grande e imponente playground ou brinquedão de plástico, dois bancos e mais alguns aparelhos que compõe uma academia de ginástica a céu aberto, comercializados pela empresa Aquarela Parques, da cidade paulista Nova Aliança.
O piso segue o formato intertravado, garantindo conforto no caminhar e no brincar. Para evitar alagamentos em dias de chuvas fortes, o espaço dos brinquedos foi cercado com um jardim de chuva – técnica sustentável que envolve o uso de solo e pedras naturais para a absorção de chuva.
Subaproveitamento
Visitamos em três datas e horários diferentes – durante a semana – permanecendo lá por cerca de três horas e não constatamos uma viva alma. Nenhum movimento de crianças e nem de idosos para utilização dos equipamentos de ginástica.
Apenas no domingo passado (27/04/2025), por volta das 12h30, a moradora da região, Eunice Vieira da Silva, com seus dois filhos de 4 e 6 anos, chegou ao “brinquedão” e comentou: ”É uma pena que não houve nenhuma divulgação. Muitos não sabem do que foi colocado aqui. Fiquei sabendo porque trabalho aqui perto e vi o local”.
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