- Medida deve-se à origem desconhecida das marcas
Depois da proibição da comercialização das marcas de azeite de oliva Alonso e Quintas D´Oliveira na 3ª. feira (20/05), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nova resolução nesta 5ª. feira (22/05/2025) proibindo a comercialização de outras duas marcas do produto: Escarpas das Oliveiras e Almazara.
A medida é resultado de investigações da Anvisa, após denúncia feita pelo Ministério da Agricultura e Pecuária.
Conforme a resolução publicada no Diário Oficial da União, o impedimento da comercialização deve-se à origem desconhecida das duas marcas de azeite.
A decisão também traz que a embaladora dos produtos, a empresa Oriente Mercantil Importação e Exportação Ltda, consta como tendo o CNPJ encerrado junto à Receita Federal desde 8 de novembro de 2023.
Em caso de descumprimento da decisão, a venda dos produtos pode representar infração grave, inclusive com a responsabilização dos estabelecimentos que seguirem vendendo essas marcas de azeite.
Além de irregularidades nos padrões de rotulagem, as marcas não tinham licenças na Anvisa ou no Ministério da Saúde. Nos rótulos dos produtos consta apenas o nome da embaladora Oriente Mercantil Importação e Exportação.
O Azeite Almazara

Almazara pode ser espanhol, e também de outras origens. O termo “Almazara” refere-se a um lagar de azeite, ou seja, o local onde as azeitonas são processadas para produzir o azeite.
Portanto, uma marca de azeite chamada “Almazara” pode ser espanhola, mas também pode ser de outro país, como a Itália, Portugal ou Grécia, dependendo do local onde o azeite é produzido.
“O que largar do azeite” é uma expressão coloquial que significa “o que não deve ser usado no azeite”. Em outras palavras, refere-se a ingredientes ou processos que devem ser evitados para garantir a qualidade e pureza do azeite.
Há um livro espanhol que é sobre o almazara, da produção de óleo lampante (óleo de qualidade inferior com alto nível de acidez e que não é adequado para consumo humano) à conquista de prêmios nacionais de qualidade é possível se você souber identificar e corrigir maus hábitos nos processos do lagar.
Muitos produtores de azeite não conseguem atingir os resultados desejados, seja por falta de conhecimento técnico, má coordenação entre as diferentes fases ou rotinas ineficazes que prejudicam o produto final.
Como gerenciar um lagar de azeite passo a passo contém diretrizes para aqueles que querem levar seu lagar de azeite para o próximo nível e produzir azeites melhores, capazes de competir em um mercado globalizado.
Segundo a apresentação do livro, este é um guia técnico detalhado que ajudará o leitor aprender como melhorar os processos de produção e organização para que sua fábrica de óleo seja eficiente e lucrativa.
Com conhecimento técnico, imaginação e um amor infinito pela cultura antiga que envolve o azeite de oliva, é assim que o autor de Como gerenciar um lagar de azeite passo a passo aborda o desafio de compartilhar uma nova perspectiva sobre a gestão moderna de lagares de azeite.
O livro ganhou o terceiro prêmio ex aequo no 21º Concurso Nacional de Divulgação da Cultura da Olivicultura da AEMO (Associação Espanhola de Municípios Olivícolas) 2023.
O autor José Vico Lizanaé engenheiro agrônomo, olivicultor e consultor especialista em lagares de azeite. Em seus mais de 30 anos de experiência, trabalhou com produtores líderes, ajudando-os a obter melhores azeites, tornar seus lagares mais lucrativos e se tornarem referência em seu setor. Seu trabalho foi reconhecido com vários prêmios nacionais.
O Azeite Escarpas das Oliveiras

O azeite de oliva da marca Escarpas das Oliveiras foi incluído em uma lista de 12 marcas desclassificadas por fraude e consideradas impróprias para consumo, conforme divulgado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) do Brasil em outubro de 2024.
As análises físico-químicas realizadas pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA) detectaram a presença de outros óleos vegetais não identificados na composição desses produtos, o que comprometeu sua qualidade e segurança alimentar.
Além disso, algumas das empresas responsáveis por essas marcas apresentavam CNPJs suspensos ou baixados pela Receita Federal, reforçando a suspeita de fraude. O Mapa orientou que os consumidores interrompam imediatamente o uso desses azeites e que os estabelecimentos cessem sua comercialização.
Nota da Redação: Em pesquisa internacional, não conseguimos informações sobre a produção do azeite Escarpas das Oliveiras. E não foi possivel contato com a embaladora Oriente, sem êxito na localizou dos responsáveis pela empresa.
<<Com apoio de informações/fonte: EBC/Agência Brasil >>