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Câmeras corporais reduzem em 87% número de confrontos da Polícia Militar

câmeras corporais
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câmeras corporais

  • Equipamentos nas fardas dos policiais registram áudio e vídeo
  • Com resultados positivos, o novo sistema deve ser expandido

Os batalhões da Polícia Militar (PM) de São Paulo que adotaram o sistema de câmeras corporais tiveram uma redução de 87% nas ocorrências de confronto, segundo levantamento da corporação. Os equipamentos instalados nas fardas dos policiais registram áudio e vídeo em tempo real, e começaram a ser usados em 2020. Segundo a PM, a queda registrada é 10 vezes maior do que nos batalhões que não utilizam equipamentos.

Ainda de acordo com o levantamento,  na comparação entre os meses de junho e outubro de 2019, 2020 e 2021, as ocorrências de resistência às abordagens policiais caíram 32,7% nos batalhões que usam as câmeras o

peracionais portáteis. Nos demais batalhões, a redução no período ficou em 19,2%.

A PM destaca ainda que além de reduzir as mortes devido à ação policial, as câmeras ajudam a preservar os próprios policiais. “As câmeras corporais despontam também como um importante instrumento de defesa e segurança do policial”, enfatiza a nota da corporação divulgada pela Secretaria de Estado da Segurança Pública de São Paulo.

Ainda esclarece que o sistema que ao transmitir  áudio, vídeo e localização em tempo real “garante uma análise detalhada do cenário de atuação dos policiais em situações de risco e/ou emergência”.

Os batalhões equipados com o sistema também tiveram melhores indicadores de produtividade policial. Nas unidades com câmeras corporais, os flagrantes aumentaram 41,4%, e as apreensões de armas de fogo subiram 12,9%.

O advogado especialista em direitos humanos e segurança pública, Ariel de Castro Alves, explica que o uso das câmeras tem reduzido de forma importante os desvios de conduta dos policiais. “O monitoramento dos policiais por meio das câmeras tem diminuído os confrontos, os assassinatos cometidos por PMs e as situações de abusos de autoridade por parte dos agentes”, enfatizou Alves, que também é presidente do Grupo Tortura Nunca Mais de São Paulo.

O advogado encerra informando que os resultados mostram que o sistema deve ser expandido. “Isso demonstra que o controle, fiscalização e monitoramento dos agentes é fundamental e precisa ser adotado de forma definitiva como política de segurança pública. A iniciativa das câmeras no fardamento precisa chegar a todos os policiais paulistas”, ressalta Alves, que acredita que a medida possa ser adotada também em todo o país. << Com apoio de informações/fonte: Empresa Brasil de Comunicação-EBC / por Daniel Melo – Repórter da Agência Brasil – SP >>


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